SÍNDROMES NEURÓTICAS

Olá querida(o)! Como você está?

Dando seguimento ao nosso aprofundamento acerca dos Transtornos Mentais, hoje conversaremos sobre a Neurose e as Síndromes Neuróticas.

Na perspectiva clínica, um quadro neurótico é menos grave que um quadro psicótico.  Entretanto, menor gravidade não é sinônimo de menor sofrimento, afinal, sabemos que cada indivíduo tem uma relação única com seu transtorno.

A Neurose é um conjunto de problemas que geram perturbações de ordem sensorial, motora, emocional e, consequentemente, comportamental.

Os Transtornos Mentais que se enquadram nesta Síndrome são: Fobias; Transtorno Obsessivo Compulsivo; Doenças Somáticas entre outros. Neste post, falaremos apenas dos quadros fóbicos e obsessivos-compulsivos, devido à complexidade dos mesmos.

A Síndrome Neurótica é caracterizada por dificuldades e conflitos que mantêm o sofrimento, a frustração, a angústia e o empobrecimento do indivíduo e das relações interpessoais.

Neste quadro psicopatológico, a angústia é vivida intensamente, ou seja, os conflitos humanos fundamentais são vividos particularmente de forma dolorosa e recorrente.

Portanto, a neurose é uma perturbação do contato inter-humano, das relações com outros indivíduos ou com outros objetos que estão no mundo. Neste sentido, o sujeito neurótico possui dificuldade de relacionar-se.

Quadros Fóbicos são caracterizados por medos intensos e irracionais direcionados a situações, objetos ou animais.

·         Agorafobia: medo e angústia relacionados a espaços amplos e/ou com muitas pessoas; medo de viajar de avião ou ônibus.  Indivíduos com este transtorno apresentam crises quando estão fora de casa, num congestionamento, ponte ou túnel ou em meio à multidão.  Possuem tendência a evitar tais situações, restringindo-se.

·         Fobia Simples ou específica: medo e angústia intensos e irracionais, reconhecido pelo indivíduo, de animais e/ou objetos como por exemplo, barata, sapo, seringa, faca, sangue, entre outros. Quando exposto a tal objeto possui crise de pânico.

·         Fobia social: medo e angústia intensos e persistentes de situações sociais que envolvam expor-se ao contato interpessoal. Procura evitar tais situações e reconhece o caráter desproporcional de seu temor.

   As Sindromes Obsessivas-compulsivas (TOC) caracterizam-se por ideias, fantasias e imagens obsessivas, ou seja, tais elementos são recorrentes e perturbam o indivíduo incitando-o a atos ou rituais compulsivos (vivenciado s como obrigatórios e desprazeirosos) com o intuito de acabar com as ideias perturbadoras. O indivíduo sente-se pressionado e obrigado a submeter-se a tais atos.

·         Obsessão: ideias, pensamentos, fantasias e /ou imagens persistentes que invadem a consciência. Reconhece-se o caráter irracional e, por vezes, procura neutraliza-lo com outro pensamento ou, com os atos compulsivos.  

·         Compulsão: Predomínio de comportamentos e rituais repetitivos como por exemplo, lavar as mãos inúmeras vezes, tomar muitos banhos, verificar diversas vezes se o registro de gás está fechado. Bem como atos mentais, fazer determinadas contas ou repetir diálogos mentalmente.

Considero importante compreendermos que a síndrome neurótica é a forma que o indivíduo encontrou para lidar com a sua existência, assim como todos os outros transtornos mentais. Neste sentido, cabe aos que convivem com alguém que possui o transtorno compreensão para lidar com sua condição.

Além disso, as informações constantes neste artigo não devem incitar auto diagnóstico portanto, caso tenha se identificado com algum aspecto procure seu psiquiatra ou psicólogo, para que juntos possam compreender melhor sua situação e realizar um diagnóstico ou descartar tal possibilidade.

É possível conviver com um transtorno mental através de um acompanhamento psicológico. Cuide bem da sua saúde mental!

No próximo encontro daremos continuidade neste artigo sobre Neurose e Síndromes Neuróticas e falaremos sobre os quadros hipocondríacos e de somatização. Fique ligado! ;-)

Com amor, Evy.