Todos nós em algum momento da vida ouvimos alguma história que marcou nossa memória e nos auxiliou em algum momento, como uma referência. Os educadores infantis sabem muito bem do que estou falando, não é mesmo?

Gabriel Chalita em seu livro: "Pedagogia do amor" traz à luz uma forma delicada e poderosa de educação: a contação de histórias! 

Sabemos que a educação dos indivíduos vai além do tempo e das disciplinas aprendidas na escola. À todo instante podemos aprender algo novo e também compartilhar saberes, ampliando nossa rede de conhecimento. 

Nos atendimentos psicológicos costumo enfatizar aos clientes e pacientes o quão importante é a narrativa de sua história, para a compreensão do seu modo de ser, construindo assim seu autoconhecimento. 

No momento em que narramos os acontecimentos de nossa vida, são trazidos à memória lembranças esquecidas e que são caracterizadas por Heidegger de Alethéia, a verdade recordada. Além disso, o movimento de organizar as informações desenvolve nosso raciocínio e nos obriga a ressignificar tais experiências, diminuindo a dor que sentimos durante o processo. 

Ouvir as histórias dos meus acompanhados é um privilégio, sempre aprendo coisas novas, diferentes perspectivas. 

Ouvir histórias reais, de como ocorreu tais experiências, é benéfico para o desenvolvimento humano em todas as faixas etárias pois, além dos benefícios citados acima, aproxima-nos da nossas questões existenciais e da nossa humanidade.

Além disso, contar suas próprias experiências constitui um elemento fundamental para a realização da própria existência, sendo considerada por Heidegger a terceira abertura existencial, juntamente das outras duas: Encontrar-se e Entender-se, denominada Discurso.   

Aproveita para exercer sua existência e compartilha comigo uma história que marcou sua vida?


                                                                                                            

Com amor, Evy. <3


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